DIVULGANDO AS BOAS NOVAS DO REINO DE DEUS

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A HISTÓRIA DO MACHADO.


                            A história do machado de ferro começou há anos atrás quando o fazendeiro, hoje de cabelos brancos, era então apenas um garoto na casa do seu pai. A serraria havia se mudado recentemente, e os habitantes do vale ainda encontravam ferramentas e equipamentos espalhados por ali.

       Nesse dia em especial, havia um machado largo , achatado e pesado, de cerca de 30 cm ou mais de comprimento, já bem usado, e porque já era tarde para o jantar, o rapaz fincou o machado entre os galhos maiores de um castanheiro que seu pai havia plantado diante da porteira principal. Levaria o machado para o depósito logo após o jantar, ou então, quando tivesse que passar por aquele caminho.

       Ele realmente pretendia faze-lo, mas na verdade nunca o fez. O machado estava lá, já meio firme, enquanto ele atingia a idade adulta. Estava lá totalmente preso, quando ele se casou e foi tomar conta da fazenda do pai. Estava coberto até a metade no dia em que a turma de trabalhadores realizou um jantar sob a árvore.

       Envolvido pelo tronco em crescimento, preso e cicatrizado, o machado estava ainda dentro da árvore, quando chegou a tempestade de neve do inverno.

       No terrível silêncio daquela noite gelada, com a neve caindo como chuva, a árvore não resistiu ao peso da neve, se partiu e caiu. Terminada a tempestade, não sobrou sequer um ramo da outrora vistosa castanheira.

        No dia seguinte pela manhã, o fazendeiro saiu a lamentar sua perda. “Daria uma fortuna para que isso não acontecesse”, dizia ele. Esta era a árvore mais bonita do vale.
Então seus olhos viram o machado, o machado que ele havia achado no pasto, e de repente soube porque a árvore havia caído. Por haver permanecido fincado no tronco enquanto este crescia, o machado havia impedido que todas as fibras da madeira se juntassem como deveriam.

       Machados esquecidos... Fraquezas ocultas, encobertas e invisíveis, esperando apenas que alguma tempestade de inverno caída à noite, desencadeie a sua ruína.
O que pode simbolizar melhor o efeito do pecado em nossa vida. Isso me traz à memória alguns episódios ocorridos há muitos anos atrás...

                           JOÃO             
     Lembrei-me de João, meu grande amigo. Era uma pessoa muito agradável e admitia francamente a sua fraqueza: era um fumante inveterado, um escravo do vício. Havia sempre um cigarro pendendo de seus lábios. Parecia até que era parte dele, como se fosse um nariz, orelha ou dedo. Às vezes, brincávamos com seu companheiro inseparável. Ele dava de ombros e dizia: “Todos tem uma fraqueza. Eu sei que faz mal, mas isso me agarra como se fosse um polvo. Mas qualquer dia desses, eu o vencerei”. Sim, qualquer dia desses.

        Mas os dias se transformaram em anos. Seus cabelos caíram, sua pele ficou amarelada e finalmente sobreveio uma tosse, mas havia pouco que pudéssemos fazer.

    Mudei-me para outro bairro e não mais o vi, durante muitos anos. Encontrando um amigo comum e sabendo da minha afeição por João, disse-me: “Sabe que o João está no hospital morrendo de câncer nos pulmões”? Larguei o que estava fazendo e corri ao hospital. Lá estava ele, sobre o leito, todo entubado. Fiquei feliz porque ele me reconheceu, pelo menos por uns poucos instantes. Certamente ele pretendia abandonar o vício, mas o seu Senhor, havia decidido o contrário. Ele poderia ter vivido ainda por muitos anos, feliz e sadio, mas o machado, o machado esquecido  do cigarro não havia suportado a tempestade e havia decretado a sua morte.
                                                                                                                                  JORGINHO                        
         Lembrei-me também de Jorginho, grande amigo de infância, mas que ainda na adolescência, colocou entre os galhos do seu tronco, uma garrafa.Descuidadamente, esqueceu uma garrafa em seu castanheiro. Nos momentos sóbrios, admitia que aquilo fazia mal. Amanhã ele se livraria daquele pequeno demônio, seu senhor. Sim, amanhã.

        Quando se casou, o machado esquecido, a garrafa, ainda estava na árvore. A coisa maldita ainda estava lá quando os filhos nasceram. Eles amavam seu pai, mas a garrafa ainda estava lá quando seus filhos se tornaram adolescentes. Ele finalmente atingira o ponto de onde não há mais retorno.

         Os anos se passaram e ele entrou em minha vida novamente. Me pediu emprestado 2 reais e tomou duas doses de cachaça. Seu cabelo estava grisalho, seu corpo inchado e seus olhos bastante vermelhos. Seus filhos estavam abandonados à própria sorte. Um filho morrera num bar e o outro divorciara-se três vezes. Sua mulher o havia abandonado.

         Encontrei-o um dia na sarjeta. A tempestade chegara e o machado estava profundo demais. O machado. Machados ocultos. Machados esquecidos.

                            BILL          
                OS MACHADOS DOS CONFLITOS
           Veio então o casal do Recanto. Devido aos prolongados conflitos, ao egoísmo e obstinação, um grande abismo havia se formado entre eles. O maravilhoso amor de quinze anos atrás transformara-se rapidamente em ódio, a confiança antiga se transformara em amargura e cada um tentava transformar o outro. Argumentos, pressões, ofensas e ameaças eram usadas para forçar o outro a submeter-se. Seus machados já estavam havia muito tempo na árvore. Sim, amanhã eles corrigiriam os erros, devorariam seu orgulho, acabariam com seu egoísmo e removeriam o machado. Mas ele já estava bem preso aos galhos. Machados. Machados ocultos e escondidos.

     O PODER PARA REMOVER OS MACHADOS

     O machado está lá. Sabemos que está lá. Nós mesmos o pusemos ali algum dia. Não deveria estar ali, é claro. Prejudica a árvore. Mas está.
Se você se sente deprimido por causa da consciência que o acusa, peça as misericórdias de Deus.. Se você está inconformado por causa de pecados que não consegue vencer, peça as misericórdias de Deus.
Achegue-se a Deus com humildade. Achegue-se coberto pelo sangue de Cristo, sem timidez. Prostre-se diante dEle. Peça-lhe perdão e misericórdia. Faça isso uma vez, duas vezes, o dia todo, a vida toda. Torne-se um usuário habitual das misericórdias de Deus. Elas nunca se acabam. São eternas e Deus tem prazer nisso.


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