Todo mundo já percebeu que a música gospel brasileira sofre um estado extremo de mercantilização – aliás, reitero, todo mundo percebeu, menos os crentes.
Creio que todos lembramos do cantor Latino, famoso por músicas dotadas de letras tão profundas como a maioria das canções que entoamos em nossos cultos.
O compositor da lendária “festa no apê”, onde iria “rolar bundalelê”, completou 18 anos de carreira e foi presenteado com uma luxuosa festa. Depois de comentar sobre a importância desta data para ele próprio, o cantor revelou, para surpresa de muitos, que pretende ingressar no que ele chamou de “universo da música gospel”.
Suas palavras foram claras e perturbadoras: “Não quero me tornar evangélico, mas sei que posso falar de Deus de uma maneira ousada e jovial”. Segundo ele, esse é um projeto para daqui a dois ou três anos, mas mesmo assim, confessa estar com muita vontade de “juntar essa galera gospel e fazer um trabalho bacana”.
“Precisamos ficar de olho no mercado musical e sempre buscar novas inspirações. Eu mesmo quero compor as músicas que falem de Deus de uma forma bem alegre, com romantismo também. Vou trabalhar muito para me consolidar também nesse meio”, disse Latino, segundo a EGO.
Pode parecer absurdo, mas isso está realmente acontecendo – e cá entre nós, era apenas questão de tempo. Com “ministros” que são mais mercadores da fé do que pastores, o mundo não perderia a oportunidade de arrecadar com isso.
Creio que todos lembramos do cantor Latino, famoso por músicas dotadas de letras tão profundas como a maioria das canções que entoamos em nossos cultos.
O compositor da lendária “festa no apê”, onde iria “rolar bundalelê”, completou 18 anos de carreira e foi presenteado com uma luxuosa festa. Depois de comentar sobre a importância desta data para ele próprio, o cantor revelou, para surpresa de muitos, que pretende ingressar no que ele chamou de “universo da música gospel”.
Suas palavras foram claras e perturbadoras: “Não quero me tornar evangélico, mas sei que posso falar de Deus de uma maneira ousada e jovial”. Segundo ele, esse é um projeto para daqui a dois ou três anos, mas mesmo assim, confessa estar com muita vontade de “juntar essa galera gospel e fazer um trabalho bacana”.
“Precisamos ficar de olho no mercado musical e sempre buscar novas inspirações. Eu mesmo quero compor as músicas que falem de Deus de uma forma bem alegre, com romantismo também. Vou trabalhar muito para me consolidar também nesse meio”, disse Latino, segundo a EGO.
Pode parecer absurdo, mas isso está realmente acontecendo – e cá entre nós, era apenas questão de tempo. Com “ministros” que são mais mercadores da fé do que pastores, o mundo não perderia a oportunidade de arrecadar com isso.
Latino só percebeu o que os crentes tentam negar: que nossos músicos são artistas, que nossos músicos são ricos, que nossos músicos são estrelas e que você não precisa parecer com Jesus para ser um “músico cristão”. Claro, existem exceções, mas, infelizmente, não são essas exceções que estão nos programas do Faustão, do Raul Gil, da Eliana ou da Xuxa.
Mas, andando na linha tênue da esperança e da ingenuidade, creio que isso trará algo bom. Com o advento de um não-cristão declarado cantando música gospel, o povo terá que redefinir seu maniqueísmo musical entre “música gospel” e “música do mundo” para algo mais inteligente.
Só nos resta orar e esperar, sinceramente, que Deus venha e mude as coisas. Se Jesus estivesse aqui, creio que ele já teria virado muitas mesas, derrubado microfones e quebrado violões. Creio que Deus repetiria hoje o que professou pela boca de Amós, “afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas” (5:23).
Mas, andando na linha tênue da esperança e da ingenuidade, creio que isso trará algo bom. Com o advento de um não-cristão declarado cantando música gospel, o povo terá que redefinir seu maniqueísmo musical entre “música gospel” e “música do mundo” para algo mais inteligente.
Só nos resta orar e esperar, sinceramente, que Deus venha e mude as coisas. Se Jesus estivesse aqui, creio que ele já teria virado muitas mesas, derrubado microfones e quebrado violões. Creio que Deus repetiria hoje o que professou pela boca de Amós, “afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas” (5:23).
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