Está escrito...
“Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão”. Lucas 10:33
Certa ocasião, ainda antes de entregar minha vida ao Senhor, eu vinha caminhando na rua com um amigo quando vimos um homem caído na calçada, espumando pela boca. Aquilo me sensibilizou e liguei de um orelhão para o Pronto Socorro, pedindo ajuda. Aí meu companheiro me disse: “Estás dando uma de bom samaritano”. Eu nunca imaginaria que estivesse falando dessa história que Jesus contou a um mestre da lei, mas ela é tão conhecida porque é muito expressiva e traz um recado muito importante para nós.
Penso que tanto aquele mestre da lei, como o sacerdote, o levita e o samaritano são retratos daquilo que nós também somos.
O mestre da lei representa as pessoas que estudam e sabem o que Deus quer delas, mas ficam somente na teoria. Não praticam o que aprenderam, contentam-se consigo mesmas e assim caem em contradição.
O sacerdote é o líder religioso que se acha importante e acaba sendo vítima do seu próprio orgulho.
O levita, imagino, representa as pessoas para quem parece suficiente seguir formalidades religiosas, como freqüentar uma igreja ou observar algumas regras, mas que se afastam de quem realmente precisa de seu amor.
O samaritano é aquele que nos surpreende, prestando auxílio ao próximo quando necessário.
Todos nós temos momentos que um ser humano ferido necessita de uma resposta às suas necessidades, e então precisamos descer do trono e deixar de ser mestres, sacerdotes ou levitas, para nos transformarmos em samaritanos – e não importa para quem seja – aliás, muitas vezes não será para aquele que achamos mais simpático.
Receber o amor a Deus e também amá-lo é vital para nós. Sem esse amor, mesmo obras de caridade não terão valor, mas se estas não existirem, aquilo que chamamos de amor à Deus será falso.
Portanto, ser samaritano é fundamental.
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