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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

FAMILIAR OU ÍNTIMO ?

Está escrito...  
E a arca de Jeová ficou morando na casa de Obede-Edom, o geteu, por três meses; e Jeová abençoava a Obede-Edom e a todos os da sua casa. Por fim se relatou ao Rei Davi, dizendo-se: “Jeová abençoou a casa de Obede-Edom e tudo o que é seu por causa da arca do [verdadeiro] Deus.” Então Davi passou a ir e a trazer a arca do [verdadeiro] Deus da casa de Obede-Edom para cima à Cidade de Davi, com alegria.” 2 Sam 6:11-12

Para os antigos israelitas, a Arca de que lemos hoje, era o sinal concreto da presença de Deus. Por isso havia regras rigorosas sobre como lidar com ela. Deveria, por exemplo, permanecer num local especialmente consagrado. Israel, porém, teve uma história muito confusa, e em parte aquelas regras foram negligenciadas. A Arca chegou até a ficar algum tempo nas mãos de inimigos. 

Agora estava numa casa particular – já há pelo menos 20 anos. Depois de tanto tempo, é compreensível que mais parecesse fazer parte dos móveis, bastante familiar para Aiô e Usá, filhos do dono da casa, Abinadabe.

Agora, porém, o Rei Davi havia instituído sua nova capital, Jerusalém, e decidiu levar a Arca (A presença de Deus) para um lugar digno naquele templo. Tratou então de buscá-la com grande festa. Só que a Arca não deveria ser tratada como um objeto familiar qualquer. Assim, ela sempre deveria ser transportada suspensa em duas longas varas e carregada por quatro sacerdotes. Era proibido tocar diretamente nela – quem tocasse morreria. 

Parece, porém, que tudo isso tinha caído no esquecimento, e assim, fizeram tudo errado, com um resultado desastroso. Esqueceram-se de que o importante, na verdade, não era a Arca, mas o Deus da Arca.

Essas experiências de Israel com Deus são uma herança que alimenta a vida espiritual do cristão e, tal como ocorreu com eles, corremos o risco de também encarar Deus como nada mais do que uma peça de mobília familiar sem maior influência em nossa vida. Tão habitual, que nem é mais notado.

No entanto, Deus quer habitar no nosso íntimo e nos fazer bem com a sua presença. Obede-Edom, de quem também lemos hoje, reflete isso.

Vale à pena cultivar intimidade com Deus e, se você não for cristão, conhecê-lo de verdade.


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